É a modificação de uma atividade neural através de uma entrega direcionada de um estímulo, tais como estimulação elétrica ou pelo uso de substâncias químicas, para locais neurológicos específicos do corpo.
Desde há milhares de anos, os seres humanos já usavam enguias elétricas com a finalidade de aliviar a dor de diversas causas. Com o conhecimento expandido da eletricidade, dos campos magnéticos e da química, associada a um melhor estudo dos locais do sistema nervoso, houve um grande avanço na indicação e no uso desta nova ferramenta. Em especial, após a década de 1960, com o lançamento da teoria da comporta, a qual mostrava haver uma integração entre a aplicação de diferentes tipos de estímulos sensitivos, a neuromodulação vem numa crescente ascensão e hoje faz parte do arsenal de tratamento nos melhores centros médicos do mundo.
A entrega desses estímulos, seja ele elétrico ou químico modifica o funcionamento neural, ajudando no tratamento de diversas situações, tais como: dores crônicas, Doença de Parkinson, outros distúrbios de movimentos (ex: distonia, tremor), espasticidade, distúrbios psiquiátricos (depressão, transtorno obsessivo compulsivo entre outros), epilepsia, melhoria da movimentação gastrointestinal e urinária, angina cardíaca e reabilitação motora.
Nas modalidades não-invasivas de neuromodulação, a aplicação dos estímulos é feita na superfície do corpo, não envolvendo cirurgias ou introdução de agulhas, eletrodos etc. A mais comum das técnicas não invasivas é a Estimulação Magnética Transcraniana. Por outro lado, na neuromodulação invasiva, a aplicação deste estímulo é feito pela introdução de sistemas específicos na proximidade de estruturas nervosas, que promovem seu efeito na proximidade da estrutura desejada.
Como toda tecnologia médica, existem riscos inerentes à neuromodulação. Porém, como existe uma gama ampla de procedimentos, estes devem ser analisados caso a caso com seu médico.
Via de regra, não. Os procedimentos de neuromodulação são usados como adjuvantes ao tratamento convencional, ou seja, na grande maioria dos casos, eles devem ser usados em conjunto com medicamentos, programa de reabilitação e outras técnicas.
Diversas doenças que manifestam dores prolongadas podem ser tratadas com técnicas neuromodulatórias. Obviamente, isto depende do tipo de dor, do tempo de acometimento, do local, da resposta aos tratamentos mais convencionais etc. Comumente, usa-se neuromodulação em situações como naqueles que tiveram lesões neurológicas pós-trauma de coluna, após procedimentos cirúrgicos de coluna vertebral, alguns tipos de dores relacionadas ao câncer, Síndrome Complexa de Dor Regional, dentre várias outras condições.
Discuta isso com seu médico de confiança. Caso necessário, peça mais informações para algum associado da SBNM.
Trata-se de uma modalidade de tratamento no qual um eletrodo é colocado em uma área específica do cérebro, geralmente usando uma tecnologia que guia ao ponto desejado com alto grau de precisão. Trata-se de método bastante utilizado mundialmente no tratamento de casos de Doença de Parkinson, distonia, tremor essencial, entre outras.